quinta-feira, maio 28, 2009

Gabriel Santiago Jazz Quintet

A fotografia acima, e outras do espetáculo estão em CATUCADAS.

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Essa terra linda, de florestas e pássaros, também é um recanto da boa música, de músicos e de acontecimentos musicais. Eu presenciei shows memoráveis, como o que reuniu Marcio Montarroyos, Serginho do Trombone, José Lourenço, Jane Duboc, Andre Tandeta, Saul Barbosa e Annunciação, aquele que morou muitos anos aqui, tocou com o Mestre, e participou do histórico disco "A Música Livre de Hermeto Pascoal". Isto aconteceu em 1986, no Circo Folias da Gabriela, pelo Projeto Pixinguinha.
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Hoje, no Teatro Municipal de Ilhéus, aconteceu mais um desses acontecimentos especiais e emocionantes, com casa lotada e ingressos esgotados.
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Ilhéus blindou o retorno do compositor, arranjador, violonista e guitarrista Gabriel Santiago, um filho da casa, que estreou aos seis anos de idade, tocando ao lado do pai, o violonista e compositor Délio Santiago, que se apresentava como atração local no mesmo Projeto Pixinguinha. Vinte e cinco anos depois, ele é a nossa grande revelação, e vem tocar em casa na turnê brasileira do "Gabriel Santiago Jazz Quintet".
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A música é uma linguagem universal, que está na essência do homem, e por isso, promove sempre o diálogo e o intercâmbio cultural. Por aqui, se produz encontros de música instrumental de qualidade há muito tempo. A música está ao nosso lado, e ao longo do tempo, grupos musicais, cantores, pianistas, violonistas, guitarristas, bateristas e percussionistas construíram uma história que deve ser guardada com muito carinho.
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Esse gosto pela música escreveu muitos nomes em nossa literatura musical, como os irmãos Renato e Jânia Carvalho – solistas cantores, Sabará - baterista, Saul Barbosa, Jonga Fialho, Délio Santiago, Americano, Ivan Bittencourt e Marco Aurelho - violonistas, compositores e arranjadores, dentre tantos outros que merecem nosso respeito.

Nossa terra é fértil em cultura, e nós temos raízes musicais. É essa base e referencia que permite o surgimento de grandes artistas. Mas, desde Saul Barbosa, ícone de uma geração de músicos, e que conquistou um lugar especial no cenário musical, que não tínhamos uma surpresa tão boa, uma revelação tão surpreendente, como Gabriel Santiago.

Aqui, sempre se fez música por amor, pois quase sempre, viver da música, mesmo de gênero popular, não era possível, e os músicos seguiam outras profissões, entre eles, Délio Santiago. Mas quis o destino, que o filho desse amante da boa música, seguindo seus passos, viesse a construir uma bela trajetória, uma próspera carreira.

Depoimento do renomado músico, Gilson Peranzzetta (Pianista. Arranjador, Diretor e Produtor Musical).

"Ouvindo teu disco mais uma vez constatei que a música é uma entidade espiritual, ela só permite que dela se aproximem os que a tratem com amor e dedicação. Fiquei muito feliz em tocar em uma das faixas e mais feliz ainda por sentir a brasilidade do teu trabalho. As composições são lindas, os arranjos maravilhosos, todos os artistas que participaram do teu cd tocaram muito bem e com muito carinho.

Desejo que tua carreira seja brilhante e que você tenha sempre em mente que a estrela é a música, nos somos apenas mensageiros. Parabéns pelo belo cd. Um grande abraço em toda a extensão do teclado."

Se a música está no sangue, isto foi confirmado aqui em Ilhéus. Também, não é por acaso que ele é filho da jornalista cultural Ana Virgínia, que, durante muitos anos, escreveu para os jornais, incentivando a cultura e os jovens artistas regionais. Mas alguns talentos são raros como uma pedra preciosa, e demoram de aparecer. Certamente, Gabriel Santiago escolheu a música por amor, mas soube lapidar seu talento e desenvolver seu projeto muscial com profissionalismo.

"Avant-garde" Gabriel Santiago, André Santos, e os músicos americanos Russel Haight, Simon Wiskowski e Wayne Salzmann ! Sejam bem vindos ! A casa é de vocês !

No rico caminho da música, ele optou seguir pelo universo acadêmico para reforçar seu talento nato, estudando teoria musical e desvendando o violão clássico no Conservatório Nacional de Música do Rio da Janeiro, revelando-se um músico engajado, um solista de alto nível. Seu diferêncial resultou em uma bolsa de estudos de doutorado em composição na University of Texas at Austin, nos Estados Unidos, seguindo a trilha dos maestros, arranjadores e solistas de orquestras de jazz.
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Hoje, ele está aí, bem a vontade com a música, seja como solista de uma orquestra, ou remexendo nossos rítmos populares. Esse repertorio de conhecimentos e experiencias tem resultado em projetos musicais bem mesclados, sem rótulos, onde jazz não é um estilo musical mas uma expressão da plena liberdade musical. Por isso, Gabriel tem o que mostrar, e muitos caminhos a trilhar pelo mundo, como compositor e mensageiro da cultura musical brasileira.
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"Gabriel Santiago Jazz Quintet (Gabriel Santiago na Guitarra, Russel Haight no sax tenor e vocais, Simon Wiskowsky no sax alto, Wayne Salzmann II na bateria e André Santos no baixo) é jazz universal, americano, carioca e baiano, cheio de brasilidade; é improvisação consistente e consciente, uma música sem fronteiras, que mescla estilos e passeia livremente em várias praias.
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Como seus parceiros, Gabriel é técnico, habilidoso e rápido, mas também muito melodioso. Ele brilha nas composições e nos arranjos, domina sua guitarra, o piano e outros instrumentos. No quitento, afinado com seus parceiros americanos - dois sopristas de alto nível, um baterista extraordinário e o grande baixista carioca André Santos, temos como resultado, um rico diálogo com a música, um caldeirão cultural com direito a swingueira brasileira, e a pimenta dos ritmos nordestinos.
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Todo o trabalho de Gabriel Santiago é muito bem cuidado, sua música, suas apresentações, seus discos, suas capas de discos, etc. Confira nos links abaixo, informações, vídeos e gravações desse extraordinário músico ilheense. É só clicar para ler, ver e ouvir.
Texto de Paulo Paiva

LINKS PARA GABRIEL SANTIAGO:
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Teatro Lotado aplaude Gabriel Santiago - Foco Regional
Gabriel Santiago - Site Oficial
Blog de Gabriel Santiago
Gabriel no Myspace Music
Gabriel Santiago no Youtube
Lançamento do Disco de Gabriel Santiago

Ponte Iluminada !

Os falta de pontes na cidade de Ilhéus, os problemas da Ponte Lomanto Junior, a demora de sua reforma, bem como, os transtornos causados por ela, foram alvo de várias reportagens em nosso painel socioambiental.
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A iluminação da ponte foi uma de nossas reivindicações, porque pontes têm sido tratadas como monumentos, para o embelezamento de muitas cidades. Não é uma ideia extraordinária, e nem um grande projeto, mas tem um significado de cuidado, de zelo com essa cidade, que possui inúmeras oportunidades de valorização cênica.

A iluminação da ponte Ilhéus-Pontal é um presente que deve ser bem cuidado, e estimular outros tantos projetos de iluminação, que não são difíceis de serem mantidos. O nosso Cristo Redentor, o Palacio Paranaguá, o Obelisco, a Caixa D´água do Morro do Pacheco são exemplos de monumentos, que precisam desse tipo de ação.
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A iluminação da Igreja Nossa Senhora das Escadas, construida pelos Jesuitas, em 1700 embelezando Olivença. Outros monumentos de Ilhéus precisam serem iluninados adequadamente.

Projetos desse tipo, como o da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, realizado com primor pelo cantor Ney Matogrosso, dão vida à cidade, tornando uma identidade visual, antes oculta, impressa e visível na paisagem noturna, podendo ser visto a quilômetros de distância.

Projetos de iluminação de praias e enseadas, monumentos e praças, amplia e enriquece o cenário urbano onde vivemos, e combate a monotonia, tornando a cidade mais bonita, interativa, receptiva, e portanto, mais humana. É um gesto simples, que se multiplica em milhares e milhares de olhares.

quarta-feira, maio 20, 2009

Drenagem de Águas Pluviais

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Ao longo do Acorda Meu Povo, refletimos ações e projetos, prioritários e estratégicos para o sul da Bahia. Para Ilhéus, referência desse territorio, a reestruturação do sistema de drenagem das águas pluviais é emergencial. Não estamos falando das inundações relacionadaa aos rios, mas de um problema muito frequente nesse país, que reflete a falta de planejamento urbano da grande maioria das cidades.
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Diversos fatores ambientais influenciam nesse drama. Em Ilhéus, na lógica do ciclo da água, vamos começar pela último caminho das chuvas, o mar. Aqui, o nivelamento mais alto do aterro da praia da orla central, em relação à cidade, não permite que as águas fluam. E foi assim que a cidade virou uma bacia, por conta de mais um impacto do Porto Internacional do Malhado.
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Nesta cidade, o sistema de drenagem pluvial não suporta as chuvas típicas dessa região. O quadro é crítico, e novas galerias precisam existir para drenar a água para o mar. Esta é mais uma ação que corresponde ao Projeto Orla Ilhéus, programa que o município precisa encampar junto ao Governo Federal.
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O crescimento deve acontecer com Saneamento Básico, que compreende os sistemas de abastecimento d’água, de esgotos sanitários, de drenagem de águas pluviais e de coleta de lixo. Isto é fundamental para a qualidade de vida da população, pois, além da falta de drenagem expor as pessoas e prejudicar a cidade, isto implica, também, em um problema de saúde ambiental.

A exposição a essa água parada, que lava a cidade nas chuvas, acentua o risco de contato com agentes causadores de ais de vinte doenças, por contaminação. E a combinação de um sistema de drenagem mal planejado com a falta de esgotamento sanitário, pode triplicar esse risco.


No ciclo da água pela zona urbana do centro de Ilhéus, outro ciclo, de problemas socioambientais se apresenta. A cidade para, ninguém pode ser enterrado, entrar no Fórum ou pegar as crianças na escola, sem enfrentar sérios transtornos, e ter contato com a água. O trânsito fica prejudicado, crianças e idosos são expostos nas principais vias da cidade - as pessoas sofrem constrangimentos.

Além da construção de novas galerias, todo o sistema de drenagem precisa ser redimensionado, mas nenhum sistema vai suportar tanta terra e restos de construção, descendo dos morros, um quadro que denuncia, que lá em cima, onde a chuva cai, obras e ocupações irregulares estão acontecendo.

Por isso, a solução desse problema não depende apenas da reforma e ampliação do sistema de drenagem das águas pluviais para o mar, mas de uma série de outras medidas para evitar a degradação dos morros de Ilhéus e vegetações de encostas. Essas medidas, como temos insistido, dependem da consecução de um Plano Diretor, através de legislação específica, licenciamento adequado e fiscalização ambiental.

As fotos denunciam a quantidade de solo que é carreado dos morros de Ilhéus em uma única chuva! Esse processo erosivo é um reflexo direto do impacto ambiental de obras e ocupações irregulares que atingem os principais morros da cidade, e da exposição do solo pela retirada da vegetação das encostas.

Como todos os problemas ambientais, os prejuízos são diários e intermitentes. Além dos riscos e transtornos, a poder público tem que gastar para reparar, concertar o estrago, conter a encosta agredida, retirar a terra das ruas, etc.
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Encostas e vegetação do Pacheco são agredidas por obras, e terrenos continuam à venda na área. Apesar das agressões serem individuais, no final, o custo é dividido com toda a sociedade, quando recursos públicos acabam sendo utilizados para reparar os danos.
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Ilustram a reportagem, registros fotográficos realizados entre 2007 e 2009.