sexta-feira, março 11, 2011

Ofender pra que?

Ofensas roubam a cena para gerar novas ofensas, vergonhas, retratações e muito baixo astral, Ninguém gosta de ser ofendido, seja famoso ou anônimo, em cima ou em baixo do trio, por conhecidos ou desconhecidos. E pior, muitas vezes, fazemos isto sem perceber, sem termos consciência de que estamos magoando, e quando este mal atinge pessoas despreparadas a resposta pode ser muito pior que palavras, gerando dor e violência irreparáveis.

Ao ver os vídeos em que Ivete Sangalo se defende, muito bem por sinal, como uma baininha arretada, e que Marcio Victor do Psirico fica furioso ao perceber uma ofensa racista, resolvemos falar desse assunto.

O assunto é oportuno também porque a imprensa daqui está confeitada de ofensas que me incomodam como cidadão e já comentei sobre isso. Não se trata de calar a boca de ninguém, e nem muito menos de imaginar uma impressa que não seja corajosa o suficiente para denunciar, ou que não se sinta livre para mostrar a vida como ela é, e lançar mão do humor e das charges para incomodar, criticar etc, mas precisamos refletir sobre os limites éticos.

O CQC - Custe O Que Custar, comandado por Marcelo Tas, é o programa humorístico da TV brasileira mais elogiado dos últimos tempos, e grande parte do seu sucesso está relacionado com a coragem de falar "a verdade", ironizar, protestar e denunciar. Mas a fórmula desse sucesso é que os extraordinários jornalistas/humoristas do CQC conseguem ser livres sem perder de vista a linha fina do limite ético, e o expectador acaba perdoando os inúmeros excessos ao perceber que os valores estão presentes, e o objetivo final é o bem e a liberdade, além do riso.

Na imprensa regional, notadamente nos embates de opiniões sobre o complexo Porto Sul, tenho visto vários parceiros entrarem nesse campo minado e infértil que não colabora com nada, a não ser para manifestar o protagonismo de ofendedor e ofendido. São muitos os xingamentos e as ofensas entre lideranças locais, e também contra empresários e artistas de expressão nacional, motivada unicamente por discordâncias ideológicas.

Todo mundo pode falar o que quiser, mas tudo tem um limite. Existe um campo seguro da liberdade de expressão para denunciar, mostrar os fatos, desnudar a realidade, sem apelar para a ignorância. Em um artigo desse blog denominada Crise de Valores eu já mostrei minha indignação com as ofensas e insinuações maldosas que não poupam ninguém, e que fazem conjecturas assombrosas entre tráfico de droga, plantadores de maconha, ambientalistas e TV Globo, citando inclusive o nome de minha musa Vera Fischer como uma drogada, e tudo isto para mostrar desagrado da cobertura da imprensa nacional sobre a polêmica construção de um porto de minérios em Ilhéus.

Assim, reunimos em uma pequena pesquisa no youtube, alguns exemplos de que falar o que se pensa pode ser bom, mas ofender pode ser uma canoa furada. Quero deixar claro que o objetivo aqui não é censurar ninguém, nem impor limites de meu julgo, mas mostrar que todos nós estamos sujeitos a errar, a ofender, a falar sem pensar, e que a ofensa é um mal por si mesmo, e antes de mais nada, se auto denuncia.

CENA 1: Caetano de saia?



CENA 2 - Caetano vota Marina e chama Lula de analfabeto


CENA 3: Datena detona Caetano

CENA 4: Lula manda recado pra Caetano (Veja até o final!)

CENA 5: Caetano se retrata

CENA 6: Datena briga com colegas

CENA 7: Lula ameaça Boris Casoy


CENA 8: Boris Casoy humilha garis

CENA 9: Garis humilhados

CENA 10: Boris Casoy pedi desculpas

CENA 11: Dunga xinga jornalista

CENA 12: Carnaval 2011 Márcio Victor preto e pobre?

CENA 13: Carnalval 2001 Ivete cheirada?


CENA 14: Carnaval 2011 Ivete cheirada de novo? (Vejam até o fim!)

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