segunda-feira, janeiro 28, 2013

Ouça Marina Silva 2013 !


O movimento de pensar um novo Brasil ganhou energia, quando 20 milhões de brasileiros votaram em Marina Silva para a Presidência da República. Símbolo de um nova política, e de um novo modelo  de desenvolvimento, Marina reaparece, fala  do legado da campanha, e todos querem saber: E agora?

 Fala Marina Silva 2013!

"...as mulheres tem experiencia em gestação ...sempre insistimos nas reuniões que precisava ter um tempo para metabolizar as ideias, e eu sempre brincava com as pessoas: que apareçam aqueles que querem mais do que um partido, que apareçam a todos que estão preocupados com um projeto político, que pense, que pense a crise que o mundo esta vivendo, e aí sim, nós estaremos maduros para decantar uma parte desse movimento, para até fazer um partido.... ...o todo se compõe da sociedade diversa, e a sociedade diversa não cabe dentro de um partido... e a verdade que tanto nos buscamos, e se tiver partido, ele deve buscar sim, a verdade não está em nenhum de nós, ela está entre nós, e nesse espaço "entre" é que podemos dar a nossa melhor contribuição, e nesse "entre" está a experiencia já vividas por outros partidos....sábios são aqueles que aprendem com os erros dos outros, e estúpido são aqueles que não aprendem nem com os seus próprios erros..." 

sábado, janeiro 26, 2013

SEBRAE Ilhéus vai investir em Economia Criativa



Economia Criativa? O que vem a ser? 

Trata-se de um setor que tem forte presença na economia, e que pode representar uma revolução em termos cultura, educação e desenvolvimento. As maiores autoridades no tema realizaram seminários e oficinas em Ilhéus em 2012 em uma iniciativa do SEBRAE, que agora vai investir 300 mil reais em projetos criativos de pequenos empreendedores, e que, se depender da nova coordenadora regional do SEBRAE no sul da Bahia, Claudiana Oliveira Campus Figueredo, é só o início.

Depois das oficinas, a primeira reunião para discutir ações de apoio aos negócios da econômica criativa está sendo articulado em parceria com as prefeituras de Una, Itabuna, Ilhéus, Uruçuca e Itacaré, organizações da sociedade civil e segmentos organizados. 

Essa reportagem tem como objetivo reunir algumas referências e links para o tema, que, com certeza, pode despertar as cidades de Ilhéus, e região para aproveitar a grandes oportunidades que temos em nossas mãos, e para sermos fortes, economicamente, diante dos desafios globais.
-Ana Carla Fonseca Reis   é economista, Doutora em Urbanismo, autora de diversos livros e estudos internacionais sobre economia criativa e cidades criativas. 

"O conceito de economia criativa engloba processos que envolvem criação, produção e distribuição de produtos e serviços, usando o conhecimento, a criatividade e o capital intelectual como principais recursos produtivos, em áreas como Arquitetura, Artes, Publicidade, Design, Cinema, Moda, Editoração, Artes Cênicas, Softwares de Lazer e Música, entre outras".

"Transformar práticas em conceitos é um grande e irresistível desafio. Há mais de uma década trabalho com a fundamentação e a prática da Economia Criativa e das Cidades Criativas, no Brasil e no mundo. Após pesquisar como algumas cidades, pautadas na criatividade, vêm se diferenciando e de ter mergulhado nesse processo durante a época em que morei em Londres e Milão, resolvi elaborar um quebra-cabeça no qual essas pecinhas se encaixam
Artigo "O Valor da Criatividade", por Ana Carla Fonseca Reis. (Leia a Íntegra em Uol Atitude Sustentável)".
Visite Garimpo de Soluções (SITE)


"- Economia Criativa – e agora, José?"  Cultura e Mercado Leia a Íntegra


No Brasil, a proposta desembarcou em 2004, pelas mãos do Embaixador Rubens Ricupero, quando Secretário-Geral da UNCTAD. Desde então, grupos empresariais, pesquisadores, economistas e governantes estaduais e municipais vêm ladrilhando a trilha da economia criativa, demonstrando seu potencial como estratégia de desenvolvimento, sensibilizando a sociedade civil e produzindo estudos e ações.
A institucionalização de uma secretaria no governo federal é um marco importante para que a base construída seja alavancada por políticas públicas. Como especialista no assunto, venho deixar minha contribuição para o debate e a construção dessas políticas, sugerindo alguns caminhos complementares aos mencionados no Plano da Secretaria da Economia Criativa, publicado há nove meses.  
"Livro Cidades Criticas: Perspectivas"  de Ana Carla Fonseca - (Leia o Livro) 

Para mais artigos deste autor  - (Clique aqui).  

Lala Deheinzelin: Economia Criativa - (Íntegra)

"Oportunidades que a Economia Criativa oferece para o crescimento de uma cidade, um município, país ou empresa. No caso das empresas, os produtos e serviços se assemelham cada vez mais, somente sobreviverão aquelas que forem respeitadas e desejadas pelas comunidades e consumidores. Daí a crescente importância estratégica da Responsabilidade Social Empresarial (RES)".


"A Economia Criativa oferece enormes oportunidades nesta área e com um benefício extra: ao atuar com os negócios criativos trabalhamos simultaneamente o fator econômico e o fator de interação social, gerando mercado. Além disso, existe o enorme campo pouco explorado da “culturalização dos negócios”: como inovar produtos e serviços, ampliar mercado e fidelizar clientes através da incorporação de elementos culturais e criativos ao negócio. Por isso a Economia Criativa tem sido considerada a grande estratégia de desenvolvimento para o século XXI".

Viva a economia criativa- (Íntegra Aqui)

Vendem-se sonhos, sensações e projeções de sentimentos positivos. Eis os produtos finais de um novo ramo econômico, que se alimenta da criatividade como matéria-prima. ... 
Desenvolvimento da economia criativa requer políticas públicas para incentivar novos negócios - Íntegra no (Blog Acesso).
"As exportações de produtos e serviços relacionados aos setores criativos mais do que dobraram entre 2002 e 2008. O valor total das exportações atingiu 592 bilhões de dólares em 2008 e, ao longo dos seis anos pesquisados, a taxa média de crescimento foi de 14%".
"Os dados correspondem aos setores cuja produção tem como principal característica o ato criativo, como é o caso da música, do design, da moda, da produção audiovisual, da arquitetura e da criação de softwares. Como a dimensão simbólica é o fator central da formação do preço, a economia criativa é capaz de gerar riqueza tanto econômica quanto cultural".
 "O Relatório da Economia Criativa 2010 aponta que a indústria criativa apresenta grande potencial para países em desenvolvimento que estejam procurando diversificar sua economia e participar de um dos mais dinâmicos setores do comércio mundial. Entre os Países do Sul, a economia criativa movimentou, em 2008, 176 bilhões de dólares em exportações, ou 43% do total do comércio mundial relacionado à indústria criativa".
Economia Criativa em debate na UFPE - Acesse (Criaticidades).
"O conceito de economia criativa engloba processos que envolvem criação, produção e distribuição de produtos e serviços, usando o conhecimento, a criatividade e o capital intelectual como principais recursos produtivos, em áreas como Arquitetetura, Artes, Publicidade, Design, Cinema, Moda, Editoração, Artes Cênicas, Softwares de Lazer e Música, entre outras".
"Uma cidade criativa procura identificar, nutrir, atrair e manter talentos, de modo a conseguir mobilizar ideias, talentos e empresas criativas, que mantenham os jovens e os profissionais. Ser uma pessoa ou empresa criativa é relativamente fácil, mas ser uma cidade criativa é diferente, tendo em vista as culturas e os interesses envolvidos. Charles Landry - consultor britânico". 
Economia Criativa - José Luiz Portella (FSP)- (Integra Aqui)

"A Economia Criativa é responsável por 10% do PIB da cidade de São Paulo. No Brasil, a contribuição dos setores criativos atingiu 2,84% do PIB, em 2010. Cerca de R$ 104 bilhões.Destaque incrível! O forte e tradicional ramo da produção e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana, tudo isso junto, chega a R$ 103 bilhões. Menor que a Economia Criativa. Impressiona porque não é um setor conhecido e dominado pelo conjunto da sociedade. Tem muito a evoluir".
 Entrevista com Cláudia Leitão – A Economia Criativa no Brasil / Ministério da Cultura - (Leia a Íntegra)
"Moda, design, artesanato, arquitetura, manifestações populares (carnaval, festas juninas etc), audiovisual (cinema e vídeo), indústria de conteúdos digitais (internet), jogos eletrônicos, publicidade etc. Todos são exemplos de economia criativa, tema em discussão no mundo e no Brasil. Com o crescimento da   importância do assunto, o governo federal criou uma Secretaria específica no Ministério da Cultura para fomentar esta nova modalidade econômica. Para explicar melhor os seus conceitos e suas bases, Cláudia Leitão, Secretária da Economia Criativa, concedeu entrevista exclusiva ao Blog da Fundação Verde. Entrevista realizada por Fundação Verde - Herbert Daniel. 02 / fevereiro / 2012".
Economia criativa: Pirenópolis é exemplo a ser seguido em Goiás (Leia a Íntegra)
"Economia criativa é a capacidade de movimentar a economia de um local a partir das peculiaridades que a região oferece, com foco em desenvolvimento cultural. No caso de Pirenópolis, a exploração do turismo a partir da cultura popular, como as Cavalhadas, a Festa do Divino, as cachoeiras, o trabalho de artesãos, a culinária e a própria história da cidade, que é patrimônio histórico, são exemplos de sucesso de economia criativa. “Tudo isso denota a economia criativa sustentável na cidade. A população consegue trabalhar com o que a cidade oferece, ao mesmo tempo em que conserva todas essas peculiaridades, porque geram renda para o município e o inscreve na história do estado como uma cidade com tradição cultural”, disse a secretária estadual Tânia Castro Maia, da Secretaria Especial de política para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial (Semira)".
Wikipedia: São 13 os setores da Economia Criativa:(LINK)
Arquitetura - Publicidade - Design - Artes, antiguidades - Artesanato - Moda - Cinema e Vídeo - Televisão - Editoração e Publicações - Artes Cênicas (Performing Arts) - Rádio - Softwares de lazer -Música. 
Exemplos: Softwarepublicidadeartesanatocinemamúsicateatro, etc.
Trabalho de Luiz Gonzaga é um bom exemplo de economia criativa: Artista espalhou São João pelo Brasil e divulgou o Nordeste para o mundo - Íntegra em Rede Globo
"O termo economia criativa foi usado pela primeira vez no livro “Economia Criativa: Como as Pessoas Fazem Dinheiro com Ideias”, escrito pelo consultor inglês John Hawkins. Para o escritor formado em Relações Internacionais, a economia criativa trata de atividades que resultam de indivíduos que exercitam sua imaginação e exploram seu valor econômico. Nesse sentido, o que Gonzaga fez pelo Nordeste não tem preço".

LINK para o vídeo "Metas da Secretaria da Economia Criativa"

quinta-feira, janeiro 24, 2013

Finlândia, Alemanha e Noruega doam US$ 180 milhões para fundo de proteção de florestas



Fundo criado pelo Banco Mundial deve incentivar nações em desenvolvimento como o Brasil, a estimular políticas de preservação

Painel Florestal/PD REPORTAGEM ORIGINAL PAINEL FLORESTAL
A Finlândia, a Alemanha e a Noruega anunciaram a contribuição total de US$ 180 milhões, cerca de R$ 360 milhões, para o Mecanismo de Parceria para o Carbono Florestal, conforme informou ontem (14) a rádio ONU.
O fundo foi criado pelo Banco Mundial para compensar países em desenvolvimento que reduzem emissões de dióxido de carbono a partir da preservação de suas florestas.
Com as novas doações, a capitalização do mecanismo alcança a marca de US$ 650 milhões, garantindo o apoio aos esforços de nações em desenvolvimento em diminuir a perda de florestas e emissões dos gases que causam o efeito estufa.
Segundo o Banco Mundial, o mecanismo é formado por dois fundos. O Fundo de Preparação, conhecido como REDD+, fornece financiamento aos países para que criem estratégias nacionais de redução de emissões a partir do combate ao desmatamento e degradação de florestas.
Já o Fundo de Carbono irá fornecer pagamentos mediante a verificação de que as emissões foram reduzidas a partir de projetos de larga escala da iniciativa REDD+.
O Banco Mundial destaca que o resultado será grandes incentivos pagos até 2020 aos países em desenvolvimento florestal. O órgão lembra que as florestas continuam sendo perdidas, apesar dos esforços para levar o mundo a um caminho mais verde e de baixo carbono.

2 mil lixões terão que desaparecer até 2014 !


Milagre? Exportação de lixo? Não! É a ambiciosa meta do governo federal. Mas basta ser brasileiro para desconfiar em prazos, e que a meta não vai ser cumprida. Sabe por quê? Porque no Brasil o maior resíduo ainda vem da corrupção, impunidade e falta de investimento em tecnologia, educação e cultura.

Não se pode acabar dois mil um lixões por decreto, nem quantos são eles parece estar claro. Mas se não houver a tal integração de políticas, a manjada ideia de gestão multi e interdisciplinar, integrado os diversos setores do governo, não vai funcionar. Essas medidas precisam vir juntas com ações que abrangem desde a publicidade, até responsabilização das empresas pelo destino final de seus produto, o compromisso empresarial com a reciclagem, inclusive da construção civil, etc. Então, acabar com todos os lixões, significa trabalhar com comportamentos e atitudes, individuais, corporativos e públicos. 

O lixo, que nem assim deve ser chamado é a grande invenção humana, da desconstrução do mundo real, e dos valores da natureza. É o resultado mais evidente do modelo de desenvolvimento, e da mentalidade parasitária dos recursos naturais.  Lixo é o tema primeiro da educação ambiental, formal, e informal. Também é o principal problema ambiental para os ecossistemas, especialmente, os mares.

A solução é caminhar não apenas pensando em resolver esse problema com obras de infraestrutura. Eu mesmo, quero saber que fazer com meus resíduos antes, ou depois do lixão. Lutar contra o desperdício de papel, vidro e latas já não é fácil, pois não temos coleta seletiva. Só que eu tenho em casa umas 20 baterias de diferentes equipamentos, vários celulares, vários gravadores, vídeo-cassete, etc. Não consigo descartar porque não existe uma informação pública, pelo menos em Ilhéus, de como o cidadão deve se comportar para descartar os mais variados resíduos que produz.

Então para mim, enquanto o poder público não dizer com clareza, qual é o seu plano integrado de resíduos sólidos para toda a população, de forma que todos saibam como proceder, e como participar, aí eu acho que nós vamos, realmente, começar a acabar com os lixões, e promover aterros sanitários mais sustentáveis, com menor demanda, e o maior aproveitamento de recursos, e energia.

LEIA SEMPRE MAIS:

Alana Gandra -  Repórter Agência Brasil


Brasil precisa erradicar 2.906 lixões até 2014, afirma estudo do Ipea





IUCN Rolex Awards‏


SE PRECISAR MELHORAR A COMPREENSÃO: TRADUZA:
Dear All,
I am writing to encourage you to spread news of the latest call for applications to the Rolex Awards for Enterprise. Rolex Awards are given every two years. In the last round of awards presented in 2012, Rolex gave awards to 5 individuals, three of whom are running species related projects and who applied for the awards through the IUCN Red List website.
We would like to have a similar impact on the 2014 awards which will be exclusively devoted to young candidates. This means that only those aged between 18 and 30 are eligible to apply. Applicants are asked to submit projects that tackle the world’s most pressing issues in five areas: science and health, applied technology, exploration and discovery, the environment, and cultural heritage. Projects are judged on their feasibility, originality, potential for sustained impact and, above all, on the candidates’ spirit of enterprise.
Each Young Laureate will receive 50,000 Swiss francs over a period of two years. In addition, Rolex ensures all winners receive access to its network of more than 100 past Laureates, as well as the benefit of international publicity through media coverage and the Rolex Awards website.
Please encourage anyone you know who might be suitable to visit the Rolex Awards website through the link on the left of the species pages on the IUCN Red List and apply! You can see the button on every species page but here is an example:
I realize that not many people join the SSC Specialist Groups before they are 30 years old. So I would be grateful if you could think of younger people working in your areas of interest who might not yet have become SSC members, and circulate this message to them. Please don’t hesitate to contact Jeremy Harris (Jeremy.harris@iucn.org) should you have any further questions.
Best wishes
Simon Stuart
Chair, IUCN SSC



domingo, janeiro 20, 2013

Valeu Walmor Chagas: Último filme foi gravado em Itajuípe.

  Foto de A Trombeta, durante as gravações em Itajuípe - Sul da Bahia


O ator Walmor Chagas nos deixou aos 82 anos de idade, deixando muitos rastos de talento, e a marca das artes cênicas em seu nome. Um dos últimos trabalhos desse gigante (artista) foi a personagem Samir Luedy no filme, A coleção invisível, de Bernard Attal. Uma das locações foi a cidade de Itajuípe, que já tem em sua história cinematográfica, a honra de ter sido cenário de "Os Deuzes e os Mortos" do cineasta  Rui Guerra, em 1970 (Assista Aqui), e que teve a participação de mais de 100 itajuipenses. 



Em "A coleção invisível", a história se repete, e a arte remexeu Itajuípe, fez circular 1 milhão de reais, e revelou um ator local. O sul da Bahia foi, mais uma vez, referendado pela sua identidade cultural-visual, dessa vez, acentuada pela atuação de Walmor Chagas, interpretando o colecionador de gravuras e desenhos, ao lado de Vladimir Brichta e do itajuipense Wesley Macêdo, de 14 anos.



Entrou água nas filmagens:


Terminaram as filmagens de  A Coleção Invisível, em Itajuípe, no Sul da Bahia. “Tudo ocorreu muito bem, só fomos surpreendidos por muita chuva. A mudança climática nos levou a fazer várias adaptações”, conta a produtora Diana Gurgel. Dirigido por Bernard Attal e protagonizado por Vladimir Brichta, o filme tem a participação de Clarisse Abujamra e Walmor Chagas.



RUI GUERRA E UMA CENA HISTÓRICA PARA O CINEMA E O POVO DE ITAJUÍPE.

sábado, janeiro 19, 2013

Sem hipocrisia, a novela do Morro de Pernambuco.

                                        
                                                     O Morro é primeiro destaque da geografia de Ilhéus. 

















Poucos conhecem !
Destaque geográfico
Avenida, Porto e a terceira reportagem desse blog foi "Morro de Pernambuco: Queimada e Abandono" (Aqui), em outubro de 2007.   Ouvimos os proprietários comentarem, em "Esclarecimentos" (Aqui).
Quatro anos atrás, voltei ao tema, em "A Novela do Morro de Pernambuco" (Aqui), e agora, mais um capítulo: A Ação do Ministério Público, segundo circula na mídia (Blog do Gusmão Aqui). Está de volta a novela do interesse público do Morro de Pernambuco.

A reportagem sinalizava que o prefeito anterior, havia proposto o tombamento do morro, e a inspiração veio do Professor Soane Nazaré de Andrade. O novo sonho do fundador da UESC é incorporar o Morro de Pernambuco ao patrimônio público de Ilhéus.

O Morro de Pernambuco é como um membro de nosso corpo, e encerra a mais importante expressão cênica da geografia - Cartão Postal da cidade. Algo tão evidente no campo cênico, no espaço da visão, que nos convida, de todo forma a estar com ele. Sua localização é estratégica, seu visual, destaque primeiro da paisagem, e o seu ambiente, paradisíaco! Extraordinárias vistas, praia singular, água doce, além de um extraordinário repertório de valores para o patrimônio cultural, histórico e pré-histórico.
Seja como for, será que os ilheenses, e dezenas de milhares de turistas, vão ter o direito
 de visitar um dos mais extraordinários morros históricos do litoral da Bahia, gratuitamente?
Incorporar o Morro de Pernambuco ao patrimônio público de Ilhéus não é uma tarefa fácil, por se tratar, antes, de uma propriedade privada, em um município falido. Também não podemos ser senhores de títulos de propriedade dou outros, ainda mais em uma Ilhéus, onde a ocupação irregular de praia, morros e rios continua a ser uma prática, tanto os ditos ricos, quanto dos ditos pobres.


Reveja o significado de Hipocrisia na Wikipédia AQUI

Nessa polêmica, os proprietários iniciaram seus esclarecimentos, conscientizando os leitores de que “O Morro de Pernambuco tem dono”. E tem mesmo. O Morro de Pernambuco esteve envolvido em processos de compra e venda, mas sempre teve dono, e deve ter grande valor no mercado patrimonial, o que não deve ser muito, se considerarmos o retorno  em termos de projeto para uma Ilhéus do futuro. Não seria muito, se comparado com outros projetos, que anunciam investimentos pesados de dezenas de milhões, e até bilhões. Esse investimento é seguro. Tem retorno social, cultural, econômico, e ambiental, garantido.

Mas não somos bons de conversa, e precisamos melhorar nossa coesão pelo bem de Ilhéus, para não  mais, permitir que nossos planos e projetos de um modelo de cidade melhor possível, não emperre, não desencaminhe, ou desapareça pelo cano da omissão, arrogância e ignorância.



Nessa novela, portões foram colocados e arrancados, a comunidade assumiu de vez o acesso a praia, novos negócios foram firmados, e metade do morro vendido; e na outra metade, os primeiros e legítimos proprietários construiram um restaurante, próximo onde tinha uma casa, e onde moraram por décadas. Enquanto isso, o prefeito que assinou o "tombamento" voltou ao governo municipal, o Ministério pede explicações, e o assunto volta a tona.

Resolvê-lo, depende de uma ação bem articulada entre diversos órgãos, que assumam seu papel perante o interesse social de zelar pelo objeto da questão. O tombamento, de fato, não teve reconhecimento, não passou pelo protocolo científico,  mas valeu como um referendo inegável, incontestável, mesmo que não tenha sido protocolcado no Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural - IPHAN, etc. Mas para a população, chegou a hora de entender qual será o destino do morro. Será uma solução privada? pública? público-privada? Qual será o desfecho dessa história? Se for o domínio público, falaremos claramente em desapropriação, e em uma justiça com os proprietários, senão não vai dar certo, pois sempre acho que que dá para ser bom para todos os lados. 

 Não desejamos ver o morro ser modificado, sem conhecimento público do projeto, mas reconheço que os proprietários não devem ter seus direitos perseguidos, nem é conveniente manter o morro, congelado indefinidamente, sem que se tenha um projeto para o lugar. Só lembrando, e voltando uns trinta anos atrás, quando foi construído o Ilhéus Hotel com cinco andares em frente a Catedral, e a duzentos metros dele, o Edifício São Jorge dos Ilhéus com 20 andares, os proprietários teriam construído um hotel de cinco andares no Morro de Pernambuco, e a sociedade iria chamá-los de empreendedores modernos. 


A proposta do Professor Soane Nazaré é ousada, mas exige coerência, gestão, articulação e competência. Envolve, como tudo em uma cidade costeira, histórica, uma série de competências e  
capacidades, em áreas como a arqueologia, antropologia, antropologia visual, história, etc., que sofrem omissão dos órgãos competentes, envolvendo o executivo e o legislativo municipal, o IBAMA, a Marinha, o IPHAN, universidades, pesquisadores, e podemos dizer, a propria sociedade.

Agora, finalmente, o Ministério Público acordou, e através da promotora Aline Valéria Archangelo Salvador, as esperanças de um final mais feliz se renovam. Com certeza, os proprietários também desejam um bom desfecho, no presente, e sem enrolação. Acredito que seria providencial que essa ação esclarecesse como metade do morro pode ser vendida recentemente, e como ocorreu o licenciamento do restaurante (antes tarde do que nunca), que o mesmo, já está pronto, e visto aos olhos de toda a cidade.

Seja como for, será que os ilheenses, e dezenas de milhares de turistas, vão ter o direito de subir um dos mais extraordinários locais de visitação do litoral da Bahia, sem pagar? O futuro dirá, se Dona Raimunda, lá do Morro do Basílio, vai poder conhecer sua cidade. Espero que reste, pelo menos, um mirante público, para eu, ela, e todos terem a oportunidade de enxergar a Ilhéus atlântica desse maravilhoso mirante natural.

A comunidade criou um acesso de carro ao morro, e fizeram estacionamento.
É grave o processo de erosão. Proprietários tentaram, sem sucesso,  evitar o acesso descontrolado de veículos.

Acesso de veículos à praia sem nenhum controle ambiental, seja público ou privado, tem acentuado gravemente a erosão no Morro de Pernambuco, o que já pode ser visto na paisagem, e até da foto do satélite.


Os donos do morro moram ali, desde sempre, assim como se mora na avenida Lomanto Junior,
ou Avenida Sores Lopes. Não podemos esquecer que se trata de uma propriedade privada .


Praia do Morro, água nova do mar, e piscina para as crianças. 

O morro é muito maior do que parece, e merece um grande projeto,
mas os seus valores não podem servir para subtrair o direito privado ao bem físico.

Comunidade não abre mão da praia, tentativas de fechar acesso não foram aceitas.



Gestão envolve poder executivo e legislativo municipal, o Estado e a União. 

terça-feira, janeiro 08, 2013

Queimada no terreno litorâneo da Avenida Soares Lopes


Não à toa, a Orla Central de Ilhéus foi o tema da primeira reportagem desse blog "Avenida Soares Lopes: Sem Projeto" em 30 de outubro de 2007, e continuou a ser tratado como pauta prioritária, por se tratar de um tema fundamental para mobilizar a população, e os governantes. Seguimos com várias reportagens, a exemplo de: "Projeto Orla em Ilhéus" , "Projeto Burle Mark em Ilhéus" e "Orla Central de Ilhéus: Dunas e Restingas".

Na série, abordei a importância do desenvolvimento do projeto Orla, o processo de licenciamento, e um projeto que defina o uso da grande área de aterro, que se formou na Avenida Soares Lopes. Um projeto, que precisa de aval do IBAMA, e depende, dentre outras coisas, do seguimento de protocolos do projeto Orla, como a marcação da nova linha de maré.

As chamas atingiram um Ipê Rosa na calçada.
Mas algumas ações (atitudes) de planejamento ambiental podem anteceder o licenciamento. Manter uma faixa de vegetação de restinga, mais próxima ao mar, ingressando com novas espécies, como as coquinhos que chamamos aqui, de xandó, e evitar o repovoamento de amendoeiras nessa faixa,  seria um ótimo caminho. Como a Orla de Atalaia, em Aracajú, sob a restinga, pontes artesanais, apenas acessos.

A restinga, e não um passeio pu pista, deve separar a praia de outras intervenções, na comopsição de um projeto de reurbanização da Orla Central de Ilhéus. 

A limpeza que foi realizada nos últimos dias, agradou a todos, já estavamos fedendo com nosso lixo. Usar um trator na avenida foi uma boa medida de urgência,as se tiveesse respeitado, uma faixa  próxima ao mar, estava tudo certo. Nessa faixa, a que me referi, o ideal seria  uma limpeza seletiva. O fogo foi o golpe fatal, ilegal, e desconstruiu, mais uma vez, o trabalho exemplar que a natureza vem fazendo no local. 

O fogo foi o pior desfecho,e começou na virada do ano, causando transtornos à festa, e aos visitantes. Nas proximidades da catedral, apagada, nada de fogos, só fogo, deixando um Ipê Rosa destruído na calçada, a 4 metros de altura em relação à praia. Os bombeiros apagaram, e isto era só o início da estratégia fácil, mas equivocada e criminosa de limpar a cidade. O povo colaborando, pois é popular a ideia de queimar matar cobra e ninhos de rato.

O fogo não foi uma boa ideia, não é saudável, não é a prática a ser seguida na limpeza pública, e acima de tudo, causou um dano ecológico, imperceptível a maio parte da sociedade.

Queimada atinge área de restinga, e também prejudica o Parque Municipal Marinho de Ilhéus.

Venho acompanhando, e registrando dados sistemáticos sobre o povoamento de fauna e flora na Avenida Soares Lopes. Não tem igual. O novo campo atraiu mais de 35 espécies de pássaros, e essa proximidade com os transeuntes, tem proporcionado inúmeras situações de "habituação" entre pássaros e pessoas. O fogo não varreu apenas um matagal, mas um ecossistema em formação, que volta e meio, é queimado novamente.

Na região em frente a Polícia Militar, por exemplo, posso afirmar, o fogo passou sobre a morada, e ninhada feliz de cinco corujinhas, da espécie coruja buraqueira (Athene cunicularia). Também devemos lembrar, que essa grande queimada, ocorre em uma praia do Parque Municipal Marinho de Ilhéus, ecossistema protegido pela legislação municipal. 

Nesse início de governo, quero retomar o tema da reurbanização da Orla Central de Ilhéus, esperando o que todos desejam. Um Projeto Orla Total, acreditando que esse seja um dos marcos fundamentais da reestruturação urbana de Ilhéus, para uma cidade mais atrativa, agradável, mais criativa, e turística.


sexta-feira, janeiro 04, 2013

Sem orientação para o banho, Ilhéus registra mais afogamentos.

Quatro pessoas se afogam e duas desaparecem em Ilhéus, sul da Bahia (Leia Aqui) - Sem COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO, praias de Ilhéus convidam turistas para a morte. 

Venha para o mais belo litoral,
que eu te ensino a tomar banho de mar.
Os temas desse blog são recorrentes A gente lembra atitudes importantes, que não são tomadas, omissões, que se repetem, e informações que precisam ser divulgadas, e não são. Muitas vezes, problemas, cujas soluções dependem mais de atitude, comprometimento, e competência, do que qualquer outra coisa.

A segurança no mar foi tema, logo no primeiro ano de Acorda Meu Povo. O afogamento de Elzon virou uma bandeira. O empresário bem sucedido de Vitoria da Conquista morreu na praia do Sul, após salvar outro turista, desconhecido seu, que se afogava. Elzon estava na praia mais badalada de Ilhéus da temporada, e não pode ser salvo.

Publiquei e divulguei o tema da segurança no mar, e buscamos as principais falhas do sistema de proteção ao banhista, sempre lembrando o exemplo, o Rio de Janeiro; aquela maravilhosa imagem de Copacabana com um milhão de pessoas na praia, muitos salvamentos, e nenhuma vitima.

Outras Postagens de Acorda Meu Fogo sobre a Segurança no Mar:

Proteção aos Banhistas

S.O.S. Perigo nas Praias

FEEDBACK - Proteção aos Banhistas

Mar, Os Cuidados Necessários

O afogamento de Elzon:O Comentário de um amigo

Redes irregulares de pesca estão afogando surfistas e banhistas


Não posso me conformar com mortes evitáveis. Existem vários pontos críticos em termos de segurança no mar de Ilhéus, que estão relacionados com infraestrutura de salvamento, como a instalação de Ponto de Socorro e Urgência em pontos estratégicos do litoral. No entanto, a questão principal continua a ser, a falta de informação, e de comunicação.

Diante do tamanho do litoral de Ilhéus, a segurança no mar precisa de um projeto estratégico de monitoramento e comunicação, emvolvendo sinalização, alertas e comunicação visual educativa; deve ser pauta diária da imprensa, um informe aos banhistas, dos locais, das regras, e das condições de balneabilidade das principais praias de Ilhéus. Esta é uma obrigação do poder público, da escola, da imprensa, e da sociedade como um todo.


Mesmo leigo, vivenciei e conheço as praias de Ilhéus. Creio que as pessoas morrem porque são convidadas para o perigo, e não são informadas adequadamente sobre as condições de banho. Em terra de mar aberto, fui criado preocupado com aquela história dos dois irmãos que foram pegar a bola que caiu no mar, e foram comidos por um peixe - Os restos mortais estão em uma grande sepultura com duas Capelinhas no Cemitério da Vitória, em Ilhéus. Quando trabalhei com jovens na Ilha Grande, Angra dos Reis, etodos contavam histórias de um tubarão que apareceu aqui e ali, assim seus pais lhes protegiam do perigo de 103 praias. Preferiam mesmo navegar, do que nadar.

Nos meus verões de praia,  aprendi com os nativos, a acompanhar o movimento do mar, afastando os "desavisados" dos buracos de areia, e da correnteza traiçoeira que puxa pra dentro do mar. Acredito, que seguindo algumas regras simples, temos banho seguro de todo tipo, doce e salgado, nesse vasto litoral de Ilhéus, de quase 100 Km.
Precisamos de um corpo de salva-vidas que seja instrutor, participativo. Precisamos logo, de campanhas de instrução e esclarecimento. Precisamos informar as praias que estão controladas para o banho seguro; precisamos de um sistema de comunicação visual de orientação para o banho seguro.

Morte em Milagres, Batuba é sinal crônico do que estou dizendo. Os banhistas sabiam dos perigos? Das  tragédias de afogamento daquela região? Sabiam dos perigos do banho próximos ao costão de pedras? Milagres e Batuba já provocou muitos afogamentos. Uma vez, em Batuba, morreram vários estudantes de uma excursão escolar. Dizem que a professora morreu de depressão. 

O litoral de Ilhéus tem quase 100 quilômetros. Muitas praias, riachos, lagoas e cahoeiras. Temos o melhor banho de mar, mas existem regras para se banhar em segurança.
Vamos fazer alguma coisa nesse novo mandato? Criar um sistema de monitoramento, sinalização, alerta e comunicação para o banho seguro nas praias de Ilhéus? Esse é um desafio para ser assumido. Acidentes acontecem, mas chega de mortes evitáveis nos mares e rios de Ilhéus!