domingo, julho 12, 2015

Florianael Portela: Ilhéus lhe deve desculpas


A foto foi montada para documentar o desejo de contar sua incrível história de vida. 
   Como jornalista, desde que a conheci sabia que sua história não poderia passar anônima. Ela viveu a fama e o esquecimento, a glória e a humilhação na mesma cidade que nasceu, amou e morreu como uma religiosa fiel a Deus. Ela tem uma história linda, e Ilhéus precisa corrigir um de seus maiores exemplos de ingratidão em sua história recente. é uma questão moral. 
  Florianael Portela de Almeida (1947 - 1999) não gostava de lembrar das glórias, e era por insistência de jornalista que abria o seu baú.  Flori foi Misse Ilhéus e Misse Bahia 1966, e aclamada como uma  das fortes candidatas a Misse Brasil. Foi capa da Revista Manchete em tempos onde o concurso era mais importante que a novela da oito. 
   Não topou ser a bonitinha na terra dos coronéis do cacau. Tornou-se artista e viveu reclusa ao seu jeito, longe do glamour. Foi presa por fumar maconha, e morreu ainda jovem vítima de câncer. Nesse baú de Flor existe um acervo extraordinário de fotografias que exibe a beleza da ex-misse nos mais diversos tempos e estilos. Eu vi um livro de moda, e vi um livro sobre beleza e uma história que precisa contada. Esse acervo hoje está aos cuidados do professor Eusiner Teles, e merece  ser pesquisado pelos universitários,  e transformado em livro.
  Passaram a borracha. Hoje não temos uma biografia escrita. Ao clicar no melhor pesquisador na internet encontramos duas fotos, uma dos tempos áureos na capa da Revista Manchete e uma foto recente de uma irmã, e a informação de seu nome, e datas de nascimento e morte. Nenhuma biografia, reportagem, resenha, pesquisa ou livro, senão algumas peças e comentários de saudosistas dos tempos dos concursos de beleza nacional, e internacional.  
   Seu nome precisa ser resgatado, e seu baú tem uma riqueza patrimonial não só para Ilhéus, mas para a historia da beleza da mulher brasileira. Esse é o espaço de tributo e homenagem a estimada amiga  Flor, e um espaço de cobrança explícita para seja resgatada sua história. Também, Acorda clama para que o seu acervo seja publicado, conhecido, estudado. 


                                    













Ilhéus no caminho dos transgênicos

Esta história aconteceu aqui em Ilhéus em 2010. O porto internacional do Malhado passou a exportar milho e soja transgênica, e a cidade vivia um pico de crise no sistema de limpeza urbana. O resultado é que as sementes modificadas mostraram sua força, e o próspero clima de Ilhéus fez a cidade virar um milharal com apoio popular. Teve milho que virou planta ornamental em esquina, e até colheita.




















sexta-feira, julho 10, 2015

Verticalização, uma opção radical.

Aglomerado de prédios no final da Avenida Soares Lopes, em Ilhéus: Opção pela verticalização.
  Ilhéus optou com um modelo de verticalização radical. Fomos criados com a mentalidade de nos tornarmos uma "cidade grande (capital)", e os edifícios é um símbolo de progresso. Desde a muito tempo os ilheenses imaginam uma avenida com uma fila de edifícios como em Salvador, e o que estamos fazendo, e já causamos erros marcantes.
  Optamos por um caminho delicado, contraditório com um pensar territorial mais amplo, pensando como uma cidade grande e planejada - uma região metropolitana que se pensa consolidar.
  Esse processo ganhou força com a verticalização na Lomanto Junior, a orla sul da Baia do Pontal, e agora no Savoia na Zona Norte. É um processo que deve ser discutido, pois existem muitas variantes a serem pensadas que se relacionam a paisagem, mobilidade, arquitetura, engenharia e a própria economia.
  Existem vantagens, mas existem muitas desvantagens, ou cuidados que precisam ser tomados. Nesse espaço vamos discutir e postar fotos sobre a verticalização que vem ocorrendo em Ilhéus desde 2004, quando se iniciou o "boom" da construção civil na região.