quarta-feira, dezembro 30, 2015

Incêndio na Bacia do Almada são tão graves, quanto os do litoral.

   O sul da Bahia vive seca histórica e uma onda de desmatamento causados pelo fogo. Faltando água em vários municípios, e o fogo queimando a única salvação dessa lavoura. A Área de Proteção Ambiental está em chamas há vários anos, e o problema do abastecimento vem se agravando ano a ano. No ´primeiro documentário que dirigi sobre a APA Lagoa Encantada, em 2002, num parceria com a bióloga Márcia Virginia, guardamos um depoimento extraordinário de Marco Luedy, um militante pela recuperação do rio Almada: "Nós temos dois problemas. O primeiro é de engenharia florestal, reflorestar as nascentes e recompor os nascedouros do rio, manter a água; e um segundo problema que é de engenharia, para armazenar e distribuir essa água. 

   Quem conhece a APA no seu interior sabe, que enquanto queima o litoral para a especulação imobiliária, queimam as florestas e cabrucas no interior para a expansão de pastagens. Se no litoral a fumaça é mais publicitária, certamente, no interior da APA é ainda mais dramática. É a transformação de uma paisagem em curso rápido, e o fim de um grande rio, que adormece sob um modelo falido, e a necessidade de transformação de um povo para melhor administrar seus recursos naturais para que ele possa se recuperar . Cenário crítico e caótico, em que falta água, topos de morro são queimados, uma bacia está crise, e a biodiversidade ameaçada. 

 Nesse momento é preciso reafirmar que impactar com mais desmatamento que anuncia o Porto Sul, requer garantir não apenas o remanescente da Tulha, mas como se comprometeu, criar um grande Parque nas cabeceiras do Almada, e dialogar o fim do avanço do desmatamento, e inicio imediato do reflorestamento do rio Almada.

 As imagens abaixo são de autoria própria e foram realizadas na Bacia do Almada no final do mês de novembro-2015, além de outras fotografias que estão circulando nas redes sociais, retratando o drama de um rio seco e a floresta queimando. 





Almadina 28 de dezembro. Foto: Biólogo Valéio Dias




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